sexta-feira, 22 de março de 2013

Borago officinalis

 
 

Borago officinalis
Borragem, Borago
15-03-2013
Condeixa-a-Velha, perto das ruínas de Conimbriga

Nativa, Ruderal

Herbácea anual, coberta de pêlos ásperos, com caules erectos, robustos e frequentemente ramificados. Folhas rugosas, alternas, de cor verde na página superior e esbranquiçadas na inferior. As inferiores são grandes, ovadas a oblongo-elípticas contraídas em pecíolo comprido, as superiores são pequenas e amplexicaules. Flores grandes, com pedicelo, por fim pendentes, dispostas em cimeiras escorpióides. Corola rodada azul vivo escamas brancas e anteras violáceo-escuras.
em cimeiras Os frutos são tetraquénios, dividindo-se em quatro partes quando maduros, contendo somente uma semente cada uma.

Habitat: Prados, incultos, pousios e bermas de caminhos, em sítios frequentemente ruderalizados. Indiferente edáfica

Floração: Janeiro a Outubro

Curiosidades:
É conhecida pelas suas propriedades medicinais e tem sido associada ao prazer e a sensações de bem-estar. Através de chás e infusões ou mesmo misturada no vinho esta planta era utilizada para eliminar a melancolia e aumentar o conforto psíquico. Apresenta algum grau de toxicidade pelo que o seu consumo deve ser efetuado sob supervisão de entendidos.

Palavras-chave: Flores azuis, flores roxas, vilosa, cimeiras escorpióides,

quarta-feira, 20 de março de 2013

Himantoglossum robertianum (Barlia robertiana)

Himantoglossum robertianum (anteriormente citada pela  designação de Barlia robertiana)
Salepeira-grande
15-03-2013
Condeixa-a-velha, junto às ruínas de Conimbriga

Planta da família Orchidaceae, nativa, é uma herbácea vivaz que pode atingir cinquenta centímetros de altura, tuberosa, com dois ou três tubérculos ovóides, caule grosso, folhas basais brilhantes formando uma roseta, ovado-oblongas, obtusas. Inflorescência cilíndrica e densa, flores grandes, esverdeadas ou violeta pálido, pelo menos no labelo (tépala média superior, em regra prolongada para trás em esporão, nas Orquidáceas), aromáticas, tépalas externas elípticas a ovadas, côncavas, esverdeadas, ponteadas de violeta, as laterais erecto-patentes e a central convergente com as internas linear-lanceoladas, lóbulos laterais lineares falciformes e o lóbulo central duas vezes mais largo que os laterais. Esporão cónico.

Floração: Fevereiro-Março

Habitat: Prados, pastagens, clareiras de matos e matagais e taludes, em solos pedregosos e preferentemente de origem calcária.

Palavras-chave: Orquidáceas, Flores roxas, Folhas basais em roseta

Nota
Estrutura de uma flor de orquídea:

terça-feira, 19 de março de 2013

Antirrhinum linkianum

 
 
 
Antirrhinum linkianum
Bocas de lobo
16-03-2013
Montemor-o-Velho

Endemismo ibérico
Herbácea, vivaz, com caules simples ou ramificados, algo lenhosos, ascendentes ou erectos. A inflorescência é um cacho terminal, pubescente-glandulosa, a corola é rosa ou purpúrea com palato amarelo, um lábio superior bilobado e um inferior dividido em três partes.

Habitat: Fendas de rochas, cascalheiras, afloramentos rochosos terrenos pedregosos, bermas de caminhos. Em meio urbano coloniza fendas de paredes e muros. Frequentemente em substratos calcários, mas também em siliciosos.

Espécie semelhante ao vulgarmente cultivado Antirrhinum majus, do qual se distingue principalmente por ter os pedicelos mais compridos que as sépalas.

Tem também grandes semelhanças com o Antirrhinum cirrhigerum mas esta espécie apresenta caules laterais curtos e gavinhosos.

A floração ocorre geralmente de Abril a Julho, mas é comum iniciar-se mais cedo

Palavras-chave: Flores rosadas ou purpúreas, Inflorescência tipo cacho

Zantedeschia aethiopica



Zantedeschia aethiopica
Jarro, Copo de leite
17-03-2013
Jardim Botânico de Coimbra

Herbácea e vivaz. Ruderal.
Não nativa, originária da África do Sul, mas bem aclimatada em Portugal, onde cresce espontaneamente em zonas húmidas. Também é cultivado como planta ornamental.
Folhas verde-escuras e grandes, sagitadas com os lobos arredondados e acuminados e nervuras bem evidentes. Pecíolos até 75 cm, suculentos. A inflorescência dispõe-se em espádice com flores unissexuais e nuas, amarelo-brilhantes, rodeando uma grande espata branca, que pode atingir 25 cm, ovóide, com o limbo amplo e ápice recurvado. O espádice não possui apêndice, coberto até ao ápice por anteras sésseis. A parte feminina do espádice possui estaminóides amarelos. As flores masculinas e femininas são contiguas. A Floração decorre entre Fevereiro e Junho.
O fruto é baciforme (bagas maduras vermelho-vivo).

Curiosidades: 
A maior parte das plantas com espádice são polinizadas por insectos não especializados, como dípteros e coleópteros. Estes polinizadores são atraídos muitas vezes por odores produzidos pelas plantas, que normalmente são desagradáveis ao homem. No jarro, a espata faz parte de uma armadilha para insectos. A parte inferior forma uma câmara em volta do espádice colunar, de parede oleosa escorregadia e coberta de verrugas que apontam para baixo. As floretas estéreis, situadas juntamente com as femininas e masculinas na parte inferior da espádice, selam a câmara e, uma vez o insecto entre na armadilha, ele não pode escapar até o murchar das floretas estéreis. Entretanto ele poliniza as floretas femininas, ficando coberto de pólen produzido pelas floretas masculinas.

O jarro é uma planta tóxica. Alguns dos seus componentes activos podem irritar a pele e, se forem absorvidos em doses elevadas, podem causar paralisia e até mesmo a morte por estimular em grande parte o sistema nervoso central. As suas bagas são igualmente venenosas.

Palavras-Chave: Flores brancas, Flores amarelas, Ornamental

segunda-feira, 18 de março de 2013

Magnolia × soulangeana

 




Magnolia × soulangeana
Magnólia de flor violácea, Magnólia chinesa

Uma variedade de Magnólia, que cresce no Jardim Botânico de Coimbra.
17-03-2013

Não nativa, Ornamental

Trata-se de um híbrido (Magnolia denudata Desr. X Magnolia liliflora Desr.) originário de jardins, que se pode descrever como um arbusto ou árvore pequena - até 10 m, - de casca cinzenta prateada, de folhas largamente elípticas ou aproximadamente orbiculares, escassamente acuminadas, ocasionalmente arredondadadas, de base frequentemente irregular, atenuada, verde escuras brilhantes na página superior, membranosas e quase coriáceas

As flores aparecem antes das folhas, mas também se desenvolvem a par das folhas. São púrpuras por fora e esbranquiçadas no interior. Outras cores são admissíveis, do branco ao violeta, mediante o cultivar ou subespécie presente. São direitas, com pedicelos de 7 mm. A corola apresenta 9 pétalas unidas, oblongo-ovadas, côncavas acima da extremidade, brancas, manchadas de rosa, purpúreo a violeta em baixo; sépalas pequenas, verdes, de 40 x 13 mm, as interiores espalmadas e abovadas de 11 x 7 cm. Possui carpelos coriácios.São aromáticas. A floração é mais ou menos efémera (2 a 3 semanas) e decorre entre Fevereiro a Abril.
Os frutos são similares a um cone, cilíndricos, com cerca de 10 cm de comprimento e assimétricos, possuem sementes vermelhas.

Curiosidades:
A família Magnoliaceae é considerada uma das mais primitivas de todas as planta com flor, na qual estão incluídas cerca de 220 espécies (grupo das Plantas Arcaicas), afirmação suportada pelas partes fossilizadas encontradas (com cerca de 95 milhões de anos) e, também, por algumas características morfológicas que apresentam (por exemplo, os seus órgãos reprodutores que evoluíram antes do aparecimento das abelhas, possuem carpelos extremamente duros, uma vez que eram polinizados por escaravelhos, podendo assim a planta evitar ser comida ou danificada pelo escaravelho, enquanto este carregava o seu polén para outras plantas).

Palavras-chave: Flores brancas, Flores rosadas, espécie arbórea, ornamental