sábado, 27 de abril de 2013

Linaria supina

Linaria supina subsp. supina
Ansarina-dos-calcários
15-03-2013
Perto de Conimbriga, Condeixa-a-Velha

Ruderal

Habitat: Clareiras de matos em locais pedregosos, afloramentos rochosos, campos agrícolas cultivados ou incultos, baldios. Em sítios pedregosos, principalmente de origem calcária.

Erva anual, com o caule semiprostrado, folhas quase lineares, inflorescência tipo cacho terminal, claramente hirsuta. A corola é amarela, com o lábio superior bilobado e o inferior trilobado. O tubo da corola alarga-se num esporão de 1-1,5 cm. O fruto e uma cápsula subglobosa.
 Época de floração: Março a Maio
Muito parecida com L. polygalifolia mas esta só ocorre na zona costeira. A L. polygalifolia pode diferenciar-se pelo facto de ser quase glabra, podendo quando muito apresentar escassos pêlos glandulares na inflorescência. Diferenças menos evidentes são o comprimento dos caules (mais curtos os da L. supina) e o formato e ornamentação das sementes.

Palavras-chave: Flores amarelas, vilosa, inflorescência tipo cacho

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Lithodora prostrata subsp. lusitanica

Erva das sete sangrias
Lithodora prostrata subsp. lusitanica
a) Portimão, perto da Ribeira de Boina
     04-02-2013
b) Montemor-o-Velho
     16-03-2013

Nativa, relativamente comum e frequente em todo o país.

Subarbusto difuso de ramos até 60 cm, prostrados ou ascendentes, de indumento mais ou menos distintamente duplo, com sedas aplicadas. As folhas são patentes, oblongas ou elípticas, normalmente planas. A inflorescência é uma cimeira com 6 a 14 flores (muito raramente 3). A corola é maior que o cálice, vilosa na face interna e acetinada na face exterior. As anteras são elipsóides. Mericarpos castanho-pálidos ou acizentados, pouco ou densamente alveolados.

Floração: De Dezembro a Setembro.

Habitat: Matos xerofílicos, sob coberto de pinhais e sobreirais, orla de matagais, sebes, taludes e fendas de rochas. Em solos siliciosos ou descarbonatados, pedregosos ou arenosos, do interior ou litoral.
Palavras-chave: Flores roxas, Flores em cimeiras, Vilosa

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Tipos de Inflorescências


Tipos de Inflorescências

a) Inflorescências Definidas (também designadas de cimeiras e inflorescências simpódicas)
  • Cimeira unípara (com um só eixo sob cada flor terminal) = monocásio. Apresenta uma bráctea na base de uma flor que encima o eixo principal. Da axila da bráctea sai um pedicelo que, por sua vez, apresenta na bráctea subterminal uma gema que originará um novo pedicelo e assim sucessivamente.
    • C. escorpióide: cimeira unípara com os eixos sucessivos inserindos alternadamente para um e outro lado (as brácteas são alternas) (ex. cíncino, v, ou ripídio, v) = Flabeliforme
    • C. helicóide: cimeira unípara com os pedicelos inseridos todos para o mesmo lado (brácteas dispondo-se todas para o mesmo lado) (ex. bóstrix ou drepânio, v) = Falciforme
  • Cimeira bípara (com dois eixos opostos sob cada flor terminal, aparentando uma dicotomia) = dicásio. Apresenta duas brácteas opostas abaixo da flor apical. Da axila de cada uma das referidas brácteas nasce um eixo que repete a mesma disposição.
  • Cimeira multípara (com mais de dois ramos no mesmo verticilo sob cada flor terminal, aparentando uma umbela) = pleiocásio
  • Verticilastro: inflorescência contraída, de eixos curtos, ficando as flores muito aglomeradas na axila de duas folhas ou brácteas opostas. Frequente em espécies da família Labiateae.
b) Inflorescências Indefinidas
  • Cacho ou rácimo: as flores são pediceladas e estão inseridas num eixo ou ráquis não ramificado.
    • Panícula: tipo de cacho em que o eixo da inflorescência é ramificado (cacho composto), apresentando uma forma cónica ou piramidal (ex. inflorescência da aveia).
    • Tirso: cacho composto com forma fusiforme e zona de maior largura a cerca de 1/3 da base (ex. alpista).
    • Corimbo: tipo de cacho em que as flores, apresentando pedicelos de comprimento desigual, se situam ao mesmo nível; pode ser simples ou composto.
  • Espiga: Inflorescência de flores sésseis dispostas sobre um eixo ou ráquis.
    • Espádice: o eixo da espiga é carnudo, frequentemente com flores unissexuais masculinas (geralmente na zona superior) e femininas (na zona inferior).
    • Amentilho: inflorescência com flores de um só sexo e que, frequentemente, se desarticula após a libertação do pólen (masculinos) ou após a maturação (femininos).
    • Espigueta: pequena espiga, cujo eixo se designa ráquila. Nas gramíneas cada espigueta possui geralmente duas brácteas (glumas) na base e cada flor da espigueta é protegida por 2 bractéolas (glumelas).
  • Umbela simples: inflorescência em que os pedicelos longos e com aproximadamente o mesmo tamanho, estão inseridos num mesmo ponto do pedúnculo (ex. inflorescência da cebola).
  • Umbela composta: inflorescência ramificada de umbelulas.
  • Capítulo: inflorescência de flores, geralmente sésseis, reunidas num receptáculo comum discóide e rodeada por um invólucro de brácteas (ex. inflorescência do girassol).


Trifolium pratense


Trifolium pratense
Pé-de-lebre, trevo-comum, trevo-dos-prados, trevo-ribeiro, trevo-roxo, trevo-vermelho
16-03-2013
Penela

Nativa, ruderal

Habitat: Prados e pastagens, por vezes na orla de bosques, taludes e bermas de caminhos. Em solos frescos ou algo húmidos. 

Floração: Março - Outubro

Leguminosa herbácea de ciclo bienal, ereta, que alcança até 80 cm de altura, com caules cespitosos, isto é, que formam tufos na base. As folhas são trifoliadas, pubescentes e alternas, com os folíolos inteiros de forma oval, com uma mancha pálida, em “V” invertido, na parte ventral dos folíolos.
Inflorescência sobre uma ou duas folhas normais com estípulas dilatadas.
As inflorescências consistem em capítulos esféricos ou ovais, solitários ou geminados, involucrados e geralmente sésseis, com numerosas flores cor-de-rosa, purpúreo-avermelhadas ou roxas, normalmente 125 flores por inflorescência.
O cálice é formado por 5 sépalas unidas que formam um tubo de aparência campanulada e tem 5 dentes desiguais sendo o inferior maior. A corola é formada por 5 pétalas unidas na base formando  um tubo. O estandarte, de ápice estendido é a peça maior que cobre o resto.
As vagens contêm uma ou duas sementes na cor amarela, marrom ou roxa com 2 a 3 mm.


Propriedades medicinais, pode ser tóxica

Palavras-chave: Flores rosa, corola em forma de tubo com estandarte

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Rosmarinus officinalis

 
 
Rosmarinus officinalis
Alecrim
16-03-2013
Montemor-o-Velho

Habitat: Matos abertos, formações arbóreas abertas, por vezes sob coberto de pinhais. Em locais expostos, secos e quentes. Indiferente edáfica, coloniza terrenos arenosos, xistosos ou calcários, ácidos ou básicos.

Nativa.
Arbusto com ramos eretos, folhas lineares, coriáceas com margens revolutas verde-vivo e rugosas na página superior, branco-tomentosas na inferior, pedúnculo e pedicelos estrelado-tomentosos. Cálice verde ou purpurascente e esparsamente tomentoso em novo. Corola bilabiada, tubulosa e azul pálida (por vezes rosada ou branca).

Floração: Setembro a Maio 

Planta muito aromática, usada em culinária. É também utilizada em infusões recomendadas pela medicina popular. Desta planta são também extraídos óleos usados em perfumaria.  
Palavras-chave: Flores roxas, Flores azuis, Corola bilabiada

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Muscari comosum

Muscari comosum   
Jacinto-das-searas, Cebolinho-de-flor-azul, Jacinto-de-tapete
15-03-2013
Perto de Conimbriga, Condeixa-a-Velha

Erva bolbosa, folhas (2 a 5) basilares, linear-lanceoladas, abertamente canaliculadas, miudamente serrilhadas nas margens. Inflorescência: cacho alongado, apresenta as flores terminais da inflorescência mais vistosas e estéreis, longamente pediceladas, enquanto que as restantes são pouco vistosas mas férteis, acastanhadas ou amareladas.

Habitat: searas, olivais, vinhas e outros campos agrícolas, em prados, pousios e clareiras de matos, pinhais e bosques. Em diversos tipos de substratos, de areias de dunas litorais a solos argilosos de origem calcária ou siliciosa.

Foração: Março a Junho

Curiosidades: Em Espanha é chamada de Erva-dosAmores, e Dioscórides atribuía-lhe propriedades afrodisíacas
 
Palavras-chave: Flores azuis, Flores roxas, Inflorescência tipo cacho, pedicelo longo